Jogando nas Férias: jogos de tabuleiro e variações em cards, híbridos e digitais
Olá, espero que as férias estejam sensacionais! 🙂
Dando continuidade à série “Jogando nas Férias”, a dica desta semana no blog Que jogo é esse?envolve jogos de tabuleiro e suas variações com cards, com suporte de dispositivos móveis (híbridos) e 100% digitais. Além das horas de diversão em família e/ou com os amigos, estes jogos contribuem para o desenvolvimento da habilidade de decomposição de problemas e instituição de estratégias de resolução (para atingir os objetivos do jogo), bem como para o aprimoramento do foco e atenção. Tais questões contribuem indiretamente não só para o desenvolvimento cognitivo como também são úteis no ambiente escolar e em contextos que trabalham o pensamento computacional (se quiser saber mais a esse respeito veja o post “Pensamento Computacional e Games” aqui no blog).
Para começar, destaco o Combate: jogo clássico de tabuleiro voltado à estratégia. Combate é a versão brasileira do Stratego
(que surgiu no início do século XX, mais precisamente em 1908 na França). A dinâmica do jogo é simples, possui um tabuleiro (com casas que podem ser ocupadas pelas peças e com elementos de água que impedem a passagem), dois exércitos oponentes compostos por diferentes categorias de patentes (general, coronel, major, capitão, tenente, subtenente, sargento, cabo soldado e agente secreto – único capaz de derrotar o general), além de minas terrestres e do prisioneiro. O jogo envolve a estratégia de esconder o prisioneiro de forma a não permitir ao inimigo sua captura. Existe uma variante para quatro jogadores: o Stratego 4 (mas não há disponibilidade dela aqui no Brasil).
Combate/Stratego também possui versões digitais para dispositivos móveis iOS (single e multiplayer), Android (single e multiplayer) e online. Nestes casos é possível jogar sozinho offline, contra um oponente que constitui uma inteligência artificial (IA), ou jogar online contra outros jogadores. Só que você pode estar pensando…
Tabuleiro é pouco portável e eu gostaria que meu filho interagisse com elementos unpluggled (desconectados).
Neste caso também existe a versão em cartas/cards. Também para dois jogadores, a versão de cartas do Combate funciona de maneira semelhante: os jogadores (após embaralhar e formar três grupos de 15 cartas) utilizam um conjunto de quinte cartas para, em cada rodada, apresentarem simultaneamente uma e verificarem qual carta é a vencedora (formando um novo monte de cartas sendo descartadas as que o oponente perdeu). A condição de vitória está em deixar o oponente sem cartas. Simples, divertido e exige foco, atenção e análise da estratégia do oponente, inclusive para verificar as cartas utilizadas pelo outro jogador, dado que há um número fixo de cada patente, assim como das minas terrestres e dos agentes secretos.
Outra possibilidade é a dos jogos “híbridos”, jogos que mesclam ou convergem dois formatos, ou seja, jogos de tabuleiro com uma mecânica que envolve também o uso de um app para dispositivo móvel. Nesta categoria há os jogos que simplesmente usam o elemento digital para facilitar a partida (não sendo uma condição obrigatória), como é o caso do Jogo da Vida App, que permite fazer toda a transação e administração monetária dos jogadores por meio do dispositivo móvel. Este jogo para 2 a 6 jogadores têm como objetivo desenvolver uma carreira, bem como a vida pessoal e obter sucesso nas mesmas. Para isso também é preciso planejamento, apesar de ter um componente de sorte e revés embutido.
Em relação aos “híbridos” ainda há jogos que fazem uso do dispositivo móvel como elemento intrínseco, como é o caso do Capitão Jack Pott. Este jogo de tabuleiro é para 2 a 4 jogadores e o objetivo é encontrar o tesouro perdido, sendo que para isso é necessário usar o app (disponível em iOS e Android) que oferece dicas do Papagaio ou do Espírito, além de permitir a visualização dos itens dos barris. Só que a parte mais divertida é a inclusão de Realidade Aumentada (quando um elemento virtual é projetado com câmera num ambiente real, complementando-o) para visualizar os baús e ver se o tesouro está lá. É preciso ficar atento para as dicas, bem como analisar os setores a que estas estão se referindo, além de verificar os caminhos mais ágeis para chegar a um determinado local e estruturar estratégias para usar as cartas que integram o jogo. As crianças adoram os personagens que falam no app e o uso de Realidade Aumentada para procurar o tesouro, é diversão garantida! 😀
Estes jogos constituem uma excelente oportunidade para integrar a família numa atividade que desperta o interesse e também trabalha aspectos que são fundamentais para preparar as crianças para o ano que se inicia no mês que vem.
Mas, não falemos ainda no início do ano letivo (teremos uma série de posts sobre este assunto no início de fevereiro), pois ainda temos o finzinho das férias para curtir, então vamos jogar? 😉
E aí, ficou com alguma dúvida? Comente abaixo ou mande uma mensagem em contato@quejogoeesse.info, vamos instituir uma rede colaborativa para tornar o uso consciente de games de diferentes tipos e propostas uma realidade!
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Adorei o post e as dicas, só senti falta dos velhos e bons War, Banco Imobiliário e batalha naval…rs. ..Parabéns pelo artigo, ótimos jogos.